“E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa mangedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” Os fatos narrados pelas Escrituras sobre o nascimento de Jesus, sempre trazem a reflexão do porque de haver Deus assim determinado e não é necessário muito esforço para podermos compreender as grandes lições contidas no quadro do presépio. É claro que o Salvador poderia vir ao mundo cercado de todo o conforto e cuidados, com toda a honra que se oferece ao nascer um rei humano, porém não era à este tipo de “pompa e circunstância” que Deus, o Pai, queria ligar o maior acontecimento ocorrido sobre o planeta, o nascimento do Filho de Deus Homem. O desígnio de Deus era o de que os homens conhecessem os valores essenciais, e sublimes, e compreendessem que a sofisticação, o luxo, o excesso das cortes, dos palácios reais não eram o lugar onde Deus desejava habitar. E Ele principiou a viver num lugar de extrema simplicidade e humildade, para nos mostrar que o despojamento pode perfeitamente conter a dignidade da divindade, era o ocupante do berço-mangedoura que conferia a nobreza ao lugar, onde humildes se prostaram tanto os pastores das vizinhanças, quanto os reis, sábios vindos de tão longe, ambos guiados pela estrela.
Tanto quanto ocorreu há dois mil e poucos anos, também hoje não há lugar para Deus. Lá, em Belém da Judéia, não havia lugar para Jesus, o Deus menino? Não havia lugar para o Rei dos Reis? Não, mas havia lugar para os outros e para outras coisas. Imagine! Não havia lugar para Jesus, no mundo que Ele havia feito.
Lamentavelmente as coisas não mudaram muito desde aquela noite em Belém, há mais de dois mil anos. Deus ainda está à margem da vida de muitos de nós. Nós o encaixamos quando é conveniente para nós, mas ficamos irritados quando Ele faz alguma exigência. Se Deus pudesse apenas ficar em sua pequena caixa e sair quando puxamos a corda! Lembramos dEle quando necessitamos de socorro, quando algo nos ameaça, quando nos vemos em perigo, de imediato lembramos e o invocamos. Porém rapidamente esquecemos daquele que á a Fonte da nossa vida, a Razão da nossa existência.
Nossas vidas estão repletas. Há tanto para ser feito. Estamos em perigo de, em todas as nossas atividades tão ocupantes, excluir de nosso coração e de nossa vida Aquele que nos fez? Temos bastante tempo para iniciar cada dia lendo a Palavra de Deus e orando a quem nos fez? Temos tempo para dar lugar para Deus em nossas orações. Temos tempo para perguntar a Deus o que ele quer que façamos? Será que não temos deixado por último, para depois de todas as demais tarefas e ocupações, encontrar um pequeno tempo para nos encontrarmos com o nosso Senhor? Há lugar em nossa vida para Deus?
“Oh! vem ao meu coração, Senhor Jesus; em meu coração há lugar para ti.”
“Nosso Deus e Pai, sempre parece que tenho espaço para aquilo que quero. Perdoa-me por nem sempre ter espaço para ti e teu filho. Por favor, faz morada no meu coração. Vive dentro de mim, ama através de mim, ri comigo. Lembra-me que és o meu Salvador e que a minha vida depende de Ti, meu Senhor. Em teu nome, Jesu, eu oro. Amém.”
Louvor e intercessão 